Chove, mas como chove. Chuva, chuvisco, chuvarada. Por que é que chove tanto assim?
(- Chuva, chuvisco, chuvarada, Cocoricó)
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la fora com
a mesma força
com que as lembranças
caem sob meus olhos.
Os trovões não
iluminam esse
dia apagado
mas seu grito
de liberdade
nos faz querer
ficar confinados
dentro do quarto.
O barulho das
gotas d'água
que se chocam
contra o telhado
entram em sincronia
com meus pensamentos;
só fazendo eco
dentro da casa.
O céu tenta
escolher entre
as cores branco,
cinza ou azul-apagado
ao mesmo tempo
que tento decidir
qual o próximo
passo a ser dado.
Quando penso que
o céu já chorou todas
as suas lágrimas,
gritou todas as
suas mágoas e
deixou cair todas
as lembranças,
vem um novo
brado eufórico
que faz novamente
meu corpo encolher.
Não por surpresa.
Não por medo.
Mas por uma coisa
que ainda não sei
o nome.
É como se essa chuva
- de espírito tão
inconstante -
quisesse me mostrar
o quanto somos
parecidas.
Por mais que a estiagem
seque a fonte
que há em meus olhos
tentando desidratar
meu coração,
a tempestade de
lembranças um dia
volta e faz
com que meus olhos
voltem a verter água.
Nunca se sabe
quando se acaba
a estiagem ou a
tempestade -
não a do meu espírito.
Veja,
a chuva voltou
a cair lá fora.
Autoria: Preta - | Caiu no Papel dia: 05/11/2010
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