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Donos da Caneta

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Nenhuma promoção a vista.... Por enquanto!

Caiu no gosto

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Caiu no Papel

O que posto aqui são as coisas mais importantes que já publiquei em qualquer lugar. São trechos de momentos que passei, são frases que formulei, são suspiros que deixei escapar em algum momento que não me policiei. E todos tropeçaram nos meus olhos e se estatelaram diante de mim enquanto estava com uma caneta e um papel á frente. O que está aqui primeiramente Caiu no Papel.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Borrão












Sua pressa e sua prece.

(- Mágramática, O Teatro Mágico)

----

Inspiração que foge.

Desânimo que se aproxima.

Mais um dia passa
sem nenhuma rima.

O dia cansa.

A tarde atrasa.

A noite não passa.

Componho minha prece.

A vida tem pressa.


Autoria: Preta - | Caiu no Papel dia: 23/12/2010
Caiu no Papel de quem? - Preta - , e isso foi ás 14:00 1 papéis caídos |

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Poema sem nome, sem papel




O céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu. (...) Querendo enchergar mais longe sem saber voar, desprezando as asas que você me deu. Tendo a Lua aquela gravidade aonde o homem flutua merecia a visita não de militares, mas de bailarinos e de você e eu.

(- Tendo a Lua, Os Paralamas do Sucesso)

----

Tão simples lhe deixar livre
como é desejar estar ao seu lado.

Fácil a despedida
como sentir sua falta.

Tão difícil esquecer
como impedir as lágrimas.



Que a cada novo dia
a bela Manhã lhe acorde com
o sereno beijo que as Estrelas
lhe mandaram de despedida,
já que precisavam deixar o Sol
brilhar e sempre esquecem de te acordar
para elas mesmas o entregararem.

Que a cada tarde
os pássaros lhe tragam um
novo acorde, nova melodia,
nova música para acompanhar
sua rima.

Que a nossa Solidão
se encante pela do outro
e saiam dar infinitas voltas
enquanto falamos com o Vento
sobre as muitas direções
que o Destino pode ter.

Que a cada pôr-do-Sol
olhe pela janela da casa
e enxergue além dos telhados,
muros, postes e ruas - que
o Humano insiste em erguer
e fazer para impedir
da aquarela de Deus
surgir - e veja que
nenhuma morte é tão bela
e cheia de vida
como a do Sol a cada dia.

Que a Lua reflita sobre o Lago,
mas que seja logo - antes que seque.

Que você seja então
Cheio de alegria,
Minguante de tristeza,
Crescente em espírito e
Novo a cada dia.


Autoria: Preta - | Caiu no Papel dia: 17/12/2010
Caiu no Papel de quem? - Preta - , e isso foi ás 00:20 0 papéis caídos |
Marcadores: Poesia, Preta

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cor e brilho





E foi até estranho, a gente nem deu conta, talvez na outra ponta alguém pudesse pensar: 'menino vaga-lume, flor, menino estrela, a brisa mais forte veio te buscar'. Pra temperar os sonhos e curar as febres, pra inserir nas preces do nosso sorriso, brincando entre os campos das nossas idéias, somos vaga-lumes a voar perdidos.

(- Vagalumes, O Teatro Mágico)

----

Por que a chuva não
cansa de cair?
Gostaria de saber se
ela deseja sufocar as
flores amarelas do campo
ao lado da estrada
ou os dentes-de-leão -
para que não voem mais como aquele dia.

Por que ela não para de
molhar a rua?
Chega de faxina agora.
Me deixe colocar um
pouco de ordem na vida!

É tão importante para
você preservar o verde
do campo misturado com
o barro do solo?
Esqueça aqueles olhos
ao menos por um dia.


Pé na estrada,
poça d'água nos passos e
vou seguindo olhando o
reflexo deformado dos postes
nas poças agitadas por
essa chuva - hora amiga,
hora inimiga -,
transformando o brilho
em fagulhas irreais.

Carros não me vêem
e pessoas não me notam.

Por que sou a única
que parece não se
importar em molhar
os pés enquanto
atravessa o rio em
que se transformou a rua
depois da ponte?

Asfalto,
paralelepipedo,
pedra,
cascalho.

E a chuva chorando,
sempre presente.

Por que não desafogo
os presentes?
Sei que eles merecem
um futuro longe dos meus
ciumentos e
estranhos braços,
mas preciso de provas
de que o passado era presente.
Um passado que ficou
nas lembranças.

E a chuva.
A mesma chuva.

Ela também reclama a
sua falta,
por que pensa que ela
não pára de cair?

E na reta final
do caminho onde
só havia casa fechadas,
postes ligados, chuva caindo
e eu andando,
me deparo com uma vasta escuridão
no final da estrada.

Nenhum poste ilumina
aquele local, ninguém
acha necessário,
ninguém julga importante,
fora eu e, talvez, quem sabe, você.

Nenhuma luz para
iluminar o campo.

O que há ali são pequenos
lampeões verdes
(queria lhe mostrar, lembra?).
Faíscas que não queimam a relva
e nem são, tampouco, como as
que havia visto nas poças d'água
quilômetros antes,
pois essas eram
reais, como você foi
- e ainda é.

Quando lhe fiz notar uma
única faísca destas
que vagava solitária
ao lado da casa,
ela deve ter lhe visto e
ficado fascinada
com seus olhos, e, assim,
tentada á produzir
o mesmo brilho.

Pois o que eu via
agora era,
não uma faísca solitária,
mas dezenas delas
iluminando o verde campo
que a noite chuvosa
pintou de negro.

A triste, chorosa e saudosa
chuva não suporta esses
lumes verdes a lhe
lembrarem desse brilho
que mora no seu manso
olhar - á ela basta
o martírio doce
de ver a cor deles
nesse campo encharcado -,
e tenta apagar,
á custo e sem sucesso,
essas fagulhas antes que
se transformassem em
labaredas em mim.

Chuva ciumenta.
Vagalumes invejosos.
Olhos encantados.
Sorriso nos lábios.


Autoria: Preta - | Caiu no Papel dia: 08/12/2010
Caiu no Papel de quem? - Preta - , e isso foi ás 00:44 0 papéis caídos |
Marcadores: Poesia, Preta
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